Oi, tudo bem por aí? Eu voltei a escrever, e estou retomando o meu espaço aqui pra falar de algo bem controverso. Sim! Eu cansei de perder tempo com a Rede Social!
Já faz alguns anos eu percebi que recebi uma invasão de conhecimento, e que infinitamente desenfreada, ela não serve pra absolutamente nada, a não ser tomar o meu tempo. É impossível acompanhar tantas mudanças, e a montanha russa que me leva subir e descer na diversão, me obrigando a gastar muito mais tempo do que de fato me tornar um profissional ainda melhor.
Lembro-me de 1998, quando eu passava até 8 horas do meu dia estudando escalas, improvisos, arpejos e exercícios musicais para ser um pianista incrível. Um bom e conceituado músico de jazz, havia dito: "Para dominar um instrumento leva-se UMA VIDA." Minha meta era NUNCA SER VISTO por alguém que sentiu que ontem eu toquei melhor do que hoje.
Em 2002, entrei na faculdade, fui da primeira turma de programadores, e ali me dei conta de uma matéria que nem os professores tinha tudo tão claro. O JAVA ganhava formas, texturas e cores. Mas aquilo era NOVO. Eles estavam aprendendo pra USAR no MERCADO. Como iriam nos ensinar e nos preparar pro mercado?
No início de 2014, veio a paixão pela fotografia, existia um mundo novo tomando conta da nossa VIDA. A REDE SOCIAL. Nela nos fizeram acreditar e escravizar que lá seria o futuro, e que tudo se convergia para isso. De fato, nossas vidas, lugares, diversões, trabalhos, portfólios, opiniões, parcerias, contatos, contratos, compras, negócios estavam todos lá. Mas eu não percebi o que me atropelou...
Eu não quero levar uma vida aprendendo, escravo das cores, do engajamento, do saber fazer a coisa certa, na hora certa, no gráfico certo, me encaixar às análises e algoritmos de cálculos guiados, testados e até comprovados. Isso só está me fazendo ser um péssimo profissional.
Eu hoje poderia estar fotografado melhor, muito melhor. Abrindo meus olhos para percepções que eu nem sei que existem. Enxergando uma luz que eu nem imagino a sensação que ela tem. Me dedicar a conhecer o ser humano ainda mais ao ponto de criar uma imagem tão forte e com mais significado que não importa onde as pessoas estejam, o que elas estão vivendo ou passando, elas vão querer a minha fotografia.
Não há nada de errado com a Rede Social. Há algo de errado comigo. Eu não posso deixar que um perfil seja mais importante do que de fato é o meu trabalho, a minha fotografia.
Eu vivo e conheço o mundo da estrutura de Tráfego na internet, estrutura de perfis e contas comerciais, segmentação de Públicos, engajamentos, gatilhos, Copy Write, Plays, jornadas, desejo, atrair, engajar, ofertas, objeções e Vendas!
Se eu fosse dono de um restaurante, a comida do meu restaurante não pode deixar de ser a coisa mais importante do meu negócio. Se eu fosse cantor, eu não podia ser desafinado com uma Rede Social incrível correndo atras de milhões de seguidores pra me ouvir, nem ter uma loja de roupas ruins com uma mega estrutura de venda e pós venda.
Eu estou na Rede Social. Sim, inclusive este aqui é um excelente lugar para eu escrever o que estou escrevendo agora, e sim para mostrar o meu trabalho, e as pessoas me encontrarem. Mas eu entendi que na frente de todo o meu tempo, esforço, trabalho, dedicação, aprendizado, não é, e nem vai ser mais sobre essa grande bolha de rôbos chamada Redes Sociais que cega todo mundo e as tornam, iguais, repetitivas e sem criatividade.
Sou um fotógrafo, e vou continuar fazendo o que de fato acredito nessa arte de retratar. Imagens com significado, e isso vai atrair as pessoas, talvez não na velocidade desse circo que ilude com 3 fotos iguais, caixinhas de perfis coloridos, frases bonitas e iguais, organizados em fileiras, com porcentagens de pessoas que curtem ou comentam algo e apertam um coraçãozinho, mas não me faz um profissional melhor, nem de longe.
Klayfe Rohden ; )
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